segunda-feira, 24 de junho de 2013

Além dos confins do universo.

Tirando a poeira desta página que de longe foi a que mais cresceu. Eu ainda preciso retomar projetos antigos e a muito esquecidos, mas vamos por partes. Eu tenho três blog's, uma página no face, estou abrindo uma pequena "empresa" e ainda tenho um HQ para terminar, é muita coisa para um ser humano só.
Hoje eu vim falar do meu período de reclusão que durou pouco mais de 5 dias. Eu me desliguei das redes sociais e cortei contatos com muitas pessoas nesse período. Queria realmente ficar sozinho por um tempo e claro que ás questões físicas ajudaram a concretizar esse meu objetivo.
Eu poderia listar uma série de motivos que me fizeram chegar a este ato de me isolar por um curto período de tempo, porém, acho que não vem ao caso falar sobre isso, não agora.
O que eu quero falar é do tempo que eu passei refletindo sobre tantas coisas. Foi uma experiência que bera o "sobrenatural". Acreditem se quiser, mas uma coisa que desencadeou esse processo foi um episódio do Cavaleiros do Zodíaco The Lost Canvas onde aparece o cavaleiro de virgem.
O triste de tudo isso é que durante a noite eu sinto como se fosse descobrir ás origens do universo, viver além do horizonte e tocar o céu, mas na manhã seguinte eu sempre esqueço de grande parte do que penso. Isso é uma perca incrível para mim, fico frustrado por não poder fazer algo a respeito, mas desta vez, por sorte eu consegui manter boa parte do que pensei.
A que conclusão eu cheguei depois do meu período de reclusão? É sempre complicado responder isso, até por que eu acho que nunca terei uma resposta. Mesmo que eu viva duzentos anos e ande por todo o mundo, converse com todas ás pessoas, talvez eu nunca tenha uma resposta, talvez ela nem exista ou talvez ela exista apenas para mim.
O que eu pude ver é que, infelizmente no mundo a dor e o sofrimento são regras enquanto a felicidade e o amor são exceção. Pode parecer pessimista, não é? Mas se você parar para pensar, é a verdade.
Pergunte a qualquer pessoa se ela já sofreu e ela lhe dirá que sim, agora pergunte se ela já foi feliz de verdade. Talvez ela diga que não. Acho que o motivo para isso é simples. Não é preciso muito para te fazer sofrer, mas é preciso muito para alcançar a verdadeira felicidade. A paz interna e o equilíbrio, isso para mim é ser feliz. Aproveitar a leveza da vida. Mas se você for mais além, você deve saber que a morte é o fim de todos nós, então automaticamente você sabe que se alguém morre, você sofre. Se todos vamos morrer, o sofrimento e a dor é inevitável. É como se ele fosse o pacote padrão da vida, a felicidade seria o bônus do qual você tem que pagar muito caro para conseguir.Conclusão terrível, não é? Terrível, porém, óbvia.
Me pergunto se existe realmente uma morte ou se estamos todos conectados ao universo. Se somos apenas poeiras das estrelas. Se voltamos para a imensidão do universo. Talvez não aja uma morte, apenas uma modificação do corpo e da mente. Sua lembrança ficará viva para sempre na mente das pessoas que você foi importante enquanto seu corpo se junta a natureza. Seu corpo não vai sumir, mesmo que você seja cremado, ás cinzas vão restar e elas vão se misturar com a natureza, com tudo, mesmo que demore.
Se você for enterrado, os vermes vão devorar seu corpo, mas de certa forma você irá fazer parte da terra, de tudo novamente. Talvez um dia voltaremos a ser poeira das estrelas.
Poético, não? Eufemismo para a morte, talvez.
Talvez a imortalidade da mente seja você deixar sua marca na Terra. Eu já disse isto neste blog, não é?
Ozzy Osbourne nunca morrerá para quem o admira, para quem gosta de sua música.
Esse pensamento já foi mais forte em mim, quando eu comecei a buscar a resposta para "Por que estamos aqui? Por que lutamos?" ele meio que se enfraqueceu.
Mas eu acredito nisto.
Acho que o sentido da vida é você deixar sua marca. Ser imortal, nem que em pensamento.
E a imortalidade é dada apenas aos que merecem.
Talvez amanhã eu mude, achei mais respostas e mais perguntas, mas hoje eu vejo assim.
Esse universo é tão lindo, tão infinito, mas apenas a dor e a desgraça o regem de uma forma que nos motiva a sempre continuar seguindo. Se todos fossem felizes e contentes, pelo que lutar? Pelo que almejar?
Talvez a única certeza que tenhamos além da morte é que vamos sofrer, mas não temos certeza de que sejamos felizes algum dia e talvez isso mova o mundo, talvez a dor e a tristeza nos mova para um caminho que nos leve para longe dela. Talvez o mundo seja movido pela raiva em busca de uma tranquilidade passageira, da felicidade verdadeira.

Eu refleti muito sobre outras coisas, mas ou elas não eram tão relevantes como essas ou eram de cunho tão pessoal que eu não me sentia a vontade para falar, mas lembram o que eu disse lá no começo? "eu acho que nunca terei uma resposta." Sabem por que eu disse isso? Por que cada um de nós é como um universo único. Cada um de nós tem experiências únicas, alegrias, leis pessoais que regem nossa moral e ações, tristezas e cada um desses universos está conectado com outros universos que eventualmente chamamos de vida. Então para mim a vida humana é como um pequeno universo, uma gota num oceano e cada uma dessas gotas está conectada com ás demais, mas ao mesmo tempo isolada delas. Ou seja, pode haver uma resposta diferente para cada uma desses meus questionamentos. Talvez cada resposta sirva apenas para uma pessoa especial e cada uma dessas respostas seja verdade para seu universo (ou vida, como queira chamar), então, talvez tudo que eu tenha conseguido não seja nada mais nada menos do que uma exploração do meu universo, do meu pequeno e simplório universo no meio dessa imensidão. 

Fazem sentido para vocês? Para mim faz e muito!

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