sábado, 27 de outubro de 2012

Fanfic: Kuroshitsuji III




Kuroshitsuji III Capitulo 5 Velho conhecido

Era possível ouvir barulhos de uma bota na noite silenciosa. Elas caminhavam bem rapidamente e uma sombra se esgueirava pelas ruas. 
-Vejamos, vejamos- dizia o dono daquelas botas barulhentas. –Acho que é você... – A estranha pessoa se põe a frente de um homem já velho e com longos cabelos brancos. 
O homem não entendia o que era aquilo, aquela figura estranha em sua frente, ele estava paralisado perante aquele ser excêntrico.
-Bem, espero que você esteja preparado para... – Nessa hora ouviu-se o barulho de uma serra elétrica e a pessoa completou - MORRER-. Era inconfundível, aquele barulho, aquela voz, era ele com toda certeza. Grell estava de volta com seus dentes de tubarão, sua veste vermelha e seu longo cabelo e sem esquecer a sua foice estilizada. 
Ele avançou para cima do homem que sem reação foi rasgado pela sua “serra” e as memórias de sua vida deixaram seu corpo como se fossem rolos de filmes.
-Bem, este foi mais um... Essas pessoas não cansam de levar uma vida desgraçadamente ruim? – Questiona Grell sentado no chão ao lado do corpo todo ensanguentado. Ele estava desanimado segurando sua foice e apreciando o sangue que ali estava. 
-Acho que vamos fazer uma visita Grell- Uma voz ao fundo surgiu fazendo Grell desviar seus olhos entediados para o lado e ver uma pessoa parada a poucos metros de distancia dele.  
-Você? Aqui? Mas... – Grell questiona a estranha visita enquanto ela se aproxima a calmos passos. 
Ele se aproximou de Grell que estava sentado no chão e deu uma risada extremamente cômica e descontrolada. 
-Undertaker... – Diz Grell olhando para o alto e vendo aquele homem todo de preto, com cabelos cinza encobrindo seus olhos e seu enorme chapéu extravagante. 
-Bem Grell, vamos lá? Acho que você vai gostar do que vai encontrar- Ele deu uma risadinha e prosseguiu dizendo – Ciel Phantomhive, você está sempre surpreendendo... – Ele olhava para o homem estendido numa poça de sangue com os olhos esbugalhados e parecia estar pensativo com algo. 
Já na enorme mansão de Myra as coisas estavam confusas e atrapalhadas. Ciel chegou junto de Myra, se seu pai visse o estado que Ciel estava certamente às coisas dariam errado, então Ciel fez algo que não fazia há muito tempo. Deu uma tarefa para Sebastian. 
-Sebastian- Gritou Ciel entrando pela porta da frente da enorme mansão e acompanhado de Myra. 
Sebastian se apresentou a sua frente e ficou assustado com o estado de seu mestre, com as roupas todas em frangalhos e com feridas pelo corpo, mas apesar de tudo Ciel caminhava como se nada tivesse acontecido. 
-Bocchan... – Sebastian ficou meio sem reação ao ver aquilo, mas Ciel não parecia abalado, ele estava firme e deu a ordem sem titubear. 
-Sebastian, faça algo para despistar o nobre, é uma ordem-. 
Myra ficou olhando a atitude de Ciel e a reação de Sebastian ao receber a ordem. Ele fez uma leve reverencia na frente de Ciel e disse “Yes My Lord”.  Aquela atitude a fez deduzir que Ciel tinha um contrato com Sebastian, mas Ciel era um demônio, como seria possível? 
Agora a tarefa era despistar o nobre e foi isto que Sebastian foi fazer. Antes que o nobre pudesse sair de seu quarto, Sebastian adentra rápido e começa a tagarelar. 
-Meu nobre, for favor, permaneça em seus aposentos. – Sugeri Sebastian
-Por quê? Saia da minha frente mordomo, eu quero ver minha filha, já era para eles terem chegado, eu vou matar aquele seu protegido... – O velho nobre se apressou e caminhou em direção a Sebastian que disse - Por favor, meu nobre... Tenho uma canção mágica para você- 
-Canção? Que diabos você está fazendo? 
Sebastian engoliu seco e depois fechou os olhos e começou a cantar uma canção bem familiar que ecoou por toda mansão “O que é feito de aço será roubado, será roubado, será roubado”. 
Sua voz era forte e bonita, era possível escuta-la em todos os cantos da mansão e ao ouvir o que ele estava cantando, Ciel se lembrou da vez que enfrentou um dos capangas de Angela e Sebastian o tomou em seus braços o salvou. 
-Essa música?... – Ciel estava trocando de roupa em seu quarto de empregado enquanto Myra estava em seus aposentos repleto de luxo. Ela se lembrava da atitude de Ciel. A brava atitude de Ciel realmente chamou atenção de Myra. Ele foi bravo, incrível, as balas não podiam mata-lo e no fim ele estendeu a mão para ela com um belo sorriso. Ninguém tinha feito isso até hoje... Era realmente perturbador, mas ela não queria acreditar que ele fez isto tudo apenas pelo contrato que eles tinham, ela queria crer que havia algo mais, mas ela apenas ignorou este pensamento dizendo - Que bobagem, ele é meu servo, fará tudo que eu mandar sem questionar, esse foi o nosso contrato-.
O quanto onde Ciel vivia era apertado, tinha espaço apenas para uma cama e uma minúscula janela, havia um espaço para suas roupas e nada mais. Era apertado e bem diferente do que ele estava acostumado em sua vida de conde, mas ele não se importava, ele não sentia cansaço, fome ou coisas do tipo, então o conforto não lhe era necessário como antes, mas apenas a nostalgia tomava conta de seus pensamentos. 
-Esse cheiro... – Pensa Ciel consigo mesmo enquanto terminava de arrumar sua roupa de mordomo... 
Era um cheiro forte que estava em seu quarto, ele não podia identificar o que era, mas depois de fazer uma rápida procura em seu quarto ele pode achar o gato em baixo de sua cama. Ele havia feito suas necessidades ali, estava sossegado e tranquilo embaixo da cama de Ciel o que o deixou completamente irritado. 
-Maldito gato... Ainda não entendo porque o Sebastian ama tanto esses gatos e muito menos porque o trouxe para cá-
Ciel suspira fundo e apenas trata de tirar o gato do seu quarto, mas quando ele o segura no colo para leva-lo para fora ele sente algo estranho. O modo que o gato lhe olhava, era como se ele fosse alguém, alguma coisa, tudo menos um gato. Era realmente desconfortável. 
Ele abriu a porta e colocou o gato para fora dizendo - Fique ai, vá procurar o Sebastian, ele te ama, eu não-. O gato ficou sentado na frente da porta de seu quarto e olhando para Ciel com um olhar meio e carinhoso. 
Ciel desvia o olhar e apenas bate a porta sem dar importância para a expressão doce do gato.
Parece que a canção de Sebastian fizera o velho dormir em sono profundo e amanhã de manhã ele não irá lembrar-se de nada que aconteceu hoje. 
Depois de tudo Ciel estava intrigado com uma coisa, porque aquelas pessoas haviam atacado Myra? Porque ela se sentia tão feliz ao sair de casa? Ela realmente quase não saia, mas porque seu pai tomava essa atitude? Ele havia notado também nesse tempo todo que eles não tinham uma relação muito próxima, era como dois estranhos que viviam na mesma casa. Ele nunca tinha perguntado a Sebastian os termos do contrato feito por ele e o nobre, mas talvez fosse hora de tirar isto a limpo. 
Pela manhã Sebastian saiu na companhia do velho nobre... O dia estava nublado e ele parecia estar apreensivo.
-Sebastian, eu tenho medo... – Disse o velho enquanto caminhava com seu mordomo pelas ruas. 
Estava tudo deserto, não havia pessoas andando na rua àquela hora, só ele e seu mordomo, seu fiel mordomo. 
-Não tenha medo meu lorde, eu estou aqui. Sebastian não parecia muito confiante nisso, ele o olhava com uma expressão de desdém. 
Eles caminharam até um determinado ponto até o velho começar a conversar com Sebastian. O desespero parecia tomar conta dele de alguma forma. 
-Sebastian, meu fiel mordomo. Há quanto tempo estamos juntos? Meu fiel escudeiro, nunca me deixou. Ainda me lembro do dia que nos encontramos pela primeira vez. 
Nessa hora memórias tomaram conta de sua mente ele se lembra do dia em que sua casa estava em chamas, sangue por todo o lado, todos mortos, não havia vida, apenas destruição e ele estava agonizando no chão, sua vida parecia sumir diante de seus olhos até que uma voz de fundo surge lhe oferecendo ajuda. 
-É isso que você quer?- Questiona a voz de fundo enquanto ele estava agonizando no chão. 
-Sim, eu aceito, mas me salve, limpe minha vergonha, é isso que eu quero-. 
-Era isso que eu desejava poder, uma linhagem de prosperidade para minha família, reestabelecer meu nome e minha honra, ir atrás daqueles que destruíram tudo que era meu. Ser eterno. Graças a você é isso que eu tenho Sebastian. 
A história dele e de Ciel eram muito parecidas, isso era inegável, mas no fundo ele não era como o pequeno conde da família Phantomhive, ele era mais fraco, mais vulnerável. Sua alma não lhe era tão saborosa. 
Sebastian ouvia tudo que seu mestre dizia, mas parecia não estar interessado naquela nostalgia, ele queria se alimentar logo, o quanto antes e no fundo ele sabia que a alma do velho logo seria dele. 
-Eu sinto que minha jornada esta chegando ao fim, que nosso pacto logo será cumprido, meu velho amigo. 
Nessa hora Sebastian desferiu-lhe um olhar de desdém, parecia que a ideia de ser amigo daquele velho não lhe agradava muito. No fim era apenas caça e caçador, ele era apenas sua refeição e nada mais.
Naquela manhã eles trataram de ir a um lugar muito especial. Uma renomada casa de prostituição. O velho nobre era adepto dessas práticas libertinagem. Ele possuía vários negócios escusos que iam desde tráfico de drogas até prostituição e assassinatos. 
-Meu pai? Meu pai sempre foi envolvido com diversos crimes, acho que ele não é o exemplo de simpatia e amizade aqui na frança-. Mira e Ciel caminhavam juntos pelo enorme jardim da mansão. A conversa estava realmente fluindo e Ciel de fato conseguira encontrar suas respostas. 
-Aquele dia, aqueles homens, eles queriam me matar para atingir meu pai, ele sempre foi alvo de ataques, mas desde que Sebastian apareceu aqui tudo mudou. Acho que no fundo eu não me importaria se matasse ele, eu acho que finalmente eu poderia descansar.
Ciel se surpreendeu com a revelação de Myra, ela não parecia nutrir um ódio tão grande por seu pai, ele sempre a tratara muito bem, ela sempre tivera tudo que quis e ostentava a sua grande arrogância por pertencer a uma família nobre. Era realmente surpreendente.
-Aquele dia, você me salvou... Eu queria te agradecer... – Antes que ela pudesse concluir sua frase, Ciel tratou de corta-la dizendo - Não, não precisa me agradecer, temos um contrato, lembra-se? Eu te darei o que você busca e você dará o que eu quero.
Ela se calou por um instante e seguiu dizendo - Eu quero a morte dele, eu quero a morte do meu pai... Quero que ele seja destruído e quero chegar ao topo, tomar tudo que é meu por direito. 
Ciel se espantou com a resposta dela, ainda mais por ela ter dito isso tão calmamente enquanto acariciava sua bela flor que estava desabrochando em seu jardim, mas dentro de si algo parecia crescer, um prazer, uma vontade incontrolável de devorar aquela alma repleta de ódio e trevas. Ela era realmente saborosa e deveria ser apreciada com cuidado. 
-Sebastian!- Aquela voz era inconfundível, era claro que Sebastian sabia quem era, mas ele não podia acreditar. 
-Vamos nos amar aqui, eu e você juntos para o resto da eternidade, Sebby... – seguiu a voz e a face de desprezo estava estampada cara de Sebastian. 
Grell se apresentou na frente de Sebastian que estava com o velho ao seu lado. Com sua “foice da morte” customizada ele abriu um sorriso e disse - Anwww, você é lindo como sempre Sebby, venha comigo, vamos assumir nosso amor de vez. 
-Você conhece esse/essa louca?- Questiona o nobre
-Esse? ESSE? ESSE?! Como você se atreve a dizer isso a uma dama? Você não reconhece a beleza feminina em mim?- Grell parecia estar enfurecido, mas Sebastian tratou de cortar o assunto dizendo. 
-O que deseja que eu faça com essa pessoa, meu lorde? 
-Mate, eu não estou interessado em interferências.
-Sim, meu senhor, como desejar-. 
Sebastian partiu para cima de Grell usando seus típicos talheres como arma e Grell esbanja um sorriso largo e profundo e disse – O amor irá fluir, venha até mim e vamos nos amar profundamente-.
Sua foice foi de encontro aos talheres de Sebastian, era possível ver as faíscas da colisão das duas armas. Grell sorrindo e Sebastian sério e compenetrado sem um sorriso. Os dois estavam realmente medindo forças. 


segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Igreja VS Ciência. Quem cura de verdade?

A religião cristã tem o ato de "operar milagres" como uma de suas maiores marcas, desde escrituras bíblicas onde cristo ressuscitava os mortos, fazia os aleijados andarem e os cegos enxergarem, até os dias de hoje com as curas supostamente milagrosas das igrejas evangélicas.
Hoje em dia os ditos "Milagres" são operados por objetos sagrados como "meia ungida" (com um valor exorbitante), "fronha  milagrosa" (com um valor alto também) e sim, uma "toalha santa" que diz que é capaz de acabar com dividas (to precisando de uma dessas). Todos esses objetos tem um alto valor e tem como objetivo iludir os mais ingênuos que tem muito pouco, mas que mesmo assim se deixa levar pela manipulação de sua fé. 
Isso sem falar dos "Show's de Fé" que ocorrem em lugares com várias pessoas onde dores são curadas, aleijados andam e cegos vêem, igual na época de cristo, a diferença é que eles cobram pra isso... O "Cristiano-Capitalismo" (risos)
Em contra ponto a tudo isso, existe a Ciência que sim opera verdadeiros "milagres" com as pessoas.

Já pensaram se a ciência não evoluísse e todos ficassem na base da fé? Hoje em dia a Ciência cura doenças, propõe tratamentos e até substitui membros.
O atual estudo de células tronco mostra que futuramente será capaz de reconstruir tecidos, corrigir doenças como  Alzheimer, mal de Parkinson, diabetes, câncer, distrofia muscular, entre outras.
A ciência não opera milagres na hora, não faz as pessoas andarem do nada, os cegos verem ou coisas assim, mas quem faz? O pastor? O padre? Porque fazem com uma parcela da população? 


Vou contar a vocês um outro caso que aconteceu comigo e tem a ver com este tema. Eu nunca fui um cara de ir na igreja, mesmo quando cristão eu nunca fui um cara muito apegado com isso de ir a igreja e essas coisas, mas tinha uma fé, isso tudo pela criação que tive da minha mãe que sempre dizia "Deus não está na igreja, mas sim dentro de cada um de nós" e que até hoje faz algum sentido, sim, deus está dentro da mente das pessoas, então ela não estava totalmente errada. 
Outro fato sobre mim (e que eu comento numa postagem deste blog também) é que eu tenho uma deficiência física que faz com que eu use moletas, mas o que as pessoas não sabem é que isso foi um progresso dado pela ciência ao decorrer de muito anos. No começo eu não andava, mas eu fiz um grande tratamento na AACD e essa situação mudou muito.
No começo eu não andava, não executava movimentos, mas depois de uma avaliação na AACD (ainda com 6 ou 7 anos) eu fiz a primeira cirurgia seguida de um grande pós-operatório e uma intensiva fisioterapia eu obtive uma significativa melhora. Depois disse se seguiram mais dois processos iguais e hoje eu posso dize que sou um cara que tem uma boa mobilidade (tendo em vista meu estado inicial). O mais bizarro de tudo isso é que no meio da minha longa jornada ás pessoas sempre diziam para minha mãe "Leve seu filho a igreja, leve seu filho para o pastor abençoar e ele irá largar as moletas". Chega a ser cômico, mas graças a Odin a minha mãe nunca levou isso a sério, ela sempre colocou na cabeça que só a ciência poderia me ajudar, embora dizendo que deus agia através deles. Me pergunto se minha mãe tivesse seguido o conselho dessas pessoas, onde eu estaria hoje? Numa cama esperando o poder do pastor? Talvez. Será que eu estaria vivo? (risos)

Tendo em vista que muitas pessoas com doenças sérias (como câncer e etc...) deixam tratamentos sérios e vão se iludir com curas milagrosas e acabam morrendo.
Lembro que anos depois (já ateu) eu comentei este fato com uma pessoa e ela me disse "Ah, mas você não seria curado se sua fé não fosse grande, a fé de quem não é curado não era grande, porque deus opera e blá blá blá". Isso me deixou chocado, a mentalidade das pessoas me deixa surpreso e quando isso envolve vidas, porra, eu fico mais perplexo ainda. 


Lá no começo do texto eu apontei os ditos "Milagres" que a igreja está operando, mas curiosamente isto é feito apenas com humanos (não vi nenhum caso onde a cura seja feita com animais) diferente da ciência que não faz distinção de homens e animais, sempre tenta ajudar a todos da melhor forma e a prova está nos estudos a cerca da biotecnologia que está sendo capaz de dar uma vida saudável e normal a vários tipos de animas.

Outro ponto que eu nunca vi: Dar um membro a uma pessoa amputada, eu nunca vi um pastor fazer isso (o que seria bem fácil para alguém que é capaz de curar câncer aids com os poderes de Deus), mas diferente da religião, a ciência tem mostrado seu valor com o atleta  Oscar Pistorius, o primeiro corredor sem pernas a participar de uma Olimpíada. Quanto ao fato de paralíticos andarem, bem, a ciência mostra mais uma vez sua superioridade em relação a religião ao criar o  'robolegs' dando assim a chance de uma pessoa poder se movimentar novamente (e dando a ela um estilo alá Robocop rsrs)


Por mais que este tratamento ainda possa ser caro (muitos outros são de graça como os que eu fiz na AACD) a chance de ter um retorno é muito maior do que numa igreja comprando meias e fronhas santas. 

Acho que nessa matéria eu pude expor quem cura de verdade, não? Agora a decisão fica com você: Religião ou Ciência?

Fontes: "Toalha santa""Fronha santa""Meia ungida"Células tronco e sua polêmica.

domingo, 21 de outubro de 2012

O valor de ser BANGER

Essa é minha singela homenagem ao movimento onde eu estou inserido, o movimento HEADBANGER.
Sabe, eu não sou nenhum veterano nessa parada toda, não sou o EXPERT  e não conheço todos os sons do universo. Eu admito que falta muito para poder chagar ao topo, mas eu não ligo, eu realmente não me importo se eu não sei de tudo, eu realmente tenho a consciência de que nunca saberei. 

Eu venho aqui escrever este texto para poder expressar meu amor pelo Rock n roll (não importa o nome que você dá para ele, rock  n roll, metal, o importante é o som). Isso começou a um tempo atrás (três ou quatro anos) quando eu conheci o cara que hoje é meu herói (Ozzy Osbourne) e seu som Get's Me Through e fiquei realmente encantado com tudo isso. 
O tempo foi passando e eu fui conhecendo mais sobre ele e sobre sua antiga banda (Black Sabbath) e fiquei fascinado com tudo aquilo que acabei encontrando, era realmente fantástico, mas nem tudo são flores.
Na época eu conhecia muito (muito mesmo) sobre as bandas das quais eu curtia (principalmente Ozzy e Sabbath), mas meu conhecimento era limitado e quando eu sai para rolês eu percebi isso. Foi realmente triste, eu vi que não sabia nada do que imaginava saber, que precisava conhecer mais, que o mundo do rock era muito maior do que eu imaginava. Na época todos falavam bandas que eu não conhecia, mas diferente do que muitos pensam a parada não foi fácil, mas também não foi terrível. Tive amigos que me passaram sons para abrir minha mente, para diversificar meu gosto musical.
O tempo passou e eu encontrei pessoas das quais eu me tornei muito amigo, pessoas das quais eu me tornei muito próximo e que me deram bons momentos. Os bares, o som alto, ficar bangeando toda noite, tudo isso me fascina. Essa vida rock n roll me é linda. 
Eu já não vivo sem a agitação, barulho, amigos curtindo comigo, acredite, até bate eu já tentei entrar, é realmente algo mágico, mas eu acho que nem tudo são flores neste meio. 

Muita vezes eu fui "tirado no rolê" (ou seja, questionado sobre a minha paixão pelo rock) e isso não é bacana. Eu sei, eu sei, existem casos onde a pessoa é só um pobre coitado poser que PRECISA fingir ser o que não é e que em muitos desses casos as pessoas chegam "Intimando" (gíria usada para a ocasião onde uma pessoa chega para conversar sobre uma determinada banda com você só para saber seu grau de conhecimento) para saber se você realmente sabe alguma coisa. Nada contra alguém chegar em mim para "testar" conhecimentos, pois no fim os dois saem sabendo mais, nada melhor do que uma boa conversa sobre rock n roll e etc. O problema são aquelas pessoas que só porque tem o cabelo grande, acham que podem chegar botando sua marra e se achando as FODAS do metal (quando na verdade elas são as fodidas do metal). 

Certa vez alguém me disse que eu não era Banger porque não tinha colete e eu realmente fiquei chocado com a mentalidade da pessoa. Isso prova que pessoas com mentalidade atrasada e retrógrada existem em todo o lugar e o metal não está fora disso, mas mesmo assim o metal me deu mais alegrias do que tristezas.
Graças a ele, como eu disse, eu conheci muita gente muito parecida comigo, consegui realmente achar algo que eu gostava, sair, curtir, rir, zoar, tudo isso num show, numa madrugada de rolê, tanto faz, isso já faz parte de mim.

Muita gente me pergunta (devido as minhas condições físicas) porque eu insisto em percorrer grandes distâncias só pra ir num show, num bar, num rolê de rock e eu digo "Eu não importo, não há limitação que me impeça de vir no rolê e curtir com todos, pois é isso que eu amo, é isso que eu quero, eu gosto do rock N roll, da noite, de tudo que me é proporcionado." 

Por isso eu lhes digo neste texto: Não importa se você tem colete ou não, cabeludo, cabelo curto ou careca, não importa se você conhece todas as bandas ou se você não fala todos os nomes de todas as músicas corretamente, Banger não está no seu colete, isso é algo que qualquer um pode fazer, Banger está na sua mente, no seu jeito de ver o mundo, de curtir o som, isso é Banger.
Copiando uma frase que eu vi no face "Se cabelo fosse sinônimo de grandeza meu saco seria tão foda quanto o Zakk Wylde..." e isto responde o que eu acho sobre cabeludos que pagam de fodas só por terem cabelo grande.

Ser Banger é um estado de espirito, um pensamento, um grupo, uma tribo, não uma religião. HEADBANGER não é uma religião, é uma tribo, uma tribo com suas fantásticas peculiaridades, com seus integrantes toscos, com seus integrantes gente fina e com uma forma de ver o mundo que me fascina. A forma de se levar a vida era tudo que eu sempre quis.

Pouca gente sabe o que é ver um vídeo no Youtube e se sentir dentro do show, se imaginar conhecendo seu ídolo, é algo surreal. Você ir num show de uma banda e pirar com seus amigos, ficar até altas horas curtindo o bom e velho rock N roll. Cara, isso não tem preço... Por isso eu digo, foda-se o seu colete, foda-se o seu cabelo, o que interessa é o seu caráter e o seu espirito Banger. Eu hoje me considero um Guerreiro do rock, justamente porque eu tinha tudo para ficar em casa sem fazer merda nenhuma e me lamentando, mas não, hoje eu estou no rolê e tenho amigos comigo, amigos que me respeitam e que eu admiro.

HEADBANGER Sim, porque esse é o meu estilo de vida. 

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Fanfic: Kuroshitsuji III



Kuroshitsuji III  Capitulo 4 Aspirante a mordomo.

Depois de fazer a reverencia, Ciel trata de olhar nos olhos de sua atual mestra e encarar seu semblante nem tão assustado assim. Agora as lágrimas se misturavam com o leve sorriso em seu rosto. Ela ajeitava o cabelo e uma expressão paranoica tomava conta de sua face. Sua mão ainda tremia, mas agora ela estava diferente de antes, era como se o mal tivesse acordado de dentro dela. 
Longe dali, na brisa gelada da noite estava Sebastian estava agachado no chão acariciando um gato preto com olhos vermelhos assim como os de um demônio. Aquele lugar lhe era bem familiar apesar de tudo, foi ali que ele tentou pegar a alma de Ciel pela primeira vez e devido a seu fracasso ele deixou o lugar em ruínas. As lembranças vinham a sua mente enquanto ele acariciava o gatinho. 
Ele acariciava suas orelhas e gato parecia estar se sentindo muito bem com tudo isso, sua expressão era de que aquele carinho era muito bom, mas repentinamente Sebastian se levanta apreensivo e olha para a lua brilhante no céu. 
- Bocchan- Diz Sebastian ao vento que batia em seu rosto. Ele estava pensativo, mas já sabia que seu mestre havia realizado um contrato. 
-Sebastian Michaelis- Uma voz surgiu do nada e Sebastian apressou-se a ver quem havia chamado seu nome. 
-Finalmente você tomou a forma humana, não é?- Questiona Sebastian com um sorriso no rosto.
-Ser um gato tem suas vantagens, não acha Sebastian?- A silhueta de uma pessoa se apresentou a sua frente, mas sua face não foi apresentada, apenas sua voz era doce e sutil. 
Sebastian parecia estar feliz de ver aquela pessoa, um sorriso demoníaco estava estampado na sua cara e sua sombra destorcida por uma áurea negra. 
-Há quanto tempo você não faz isto Sebastian? 
 Sebastian seguiu com um sorriso que virou uma pequena e discreta risada e seus olhos mudaram de cor, ele foi tomado por penas que desciam ao seu redor enquanto sua voz se transformava  e chão a sua volta ficou trincado. Naquele momento o ar estava mais  frio e cortante como nunca. Ele estava adotando sua verdadeira forma assim como no embate com o Anjo insano. 
-Agora você é meu mordomo, certo?- Questiona Myra à Ciel
-Sim Lady Myra- Responde Ciel obediente como nunca. 
Myra pausou por um tempo e pensou em algo, o silencio foi realmente perturbador, mas depois de uns segundos ela ordena que Ciel a deixasse sozinha em seu quarto. 
Ciel acaba por obedecer a suas ordens, sem muito que fazer ele saí do seu quarto, mas não como Ciel de sempre, ao sair do quarto ele já era o verdadeiro demônio, agora seu lado humano estava completamente reprimido pela sua saborosa refeição. 
Ciel saiu da mansão para contemplar a lua lá fora que estava bela. Ele sentia sangue correr pelas suas veias e seu coração disparar, uma sensação boa de mais para ser verdade. 
-O cheiro dela, aquela alma, ela me excita. – Pensou Ciel consigo mesmo no meio da noite silenciosa. 
-Bocchan- A voz atrás de Ciel era inconfundível, Sebastian estava ali, atrás dele. 
Ciel vira-se imediatamente e contempla Sebastian de pé na grama com um gato nos braços. Ele parecia realmente contente, pois, era sabido que ele tinha uma enorme fascinação por gatos, mas aquele gato era realmente diferente. Era realmente belo. 
-Onde você esteve Sebastian?- Questiona o jovem Ciel com um ar de fúria. 
-Meu mestre, estive apreciado essa noite e achei um belo gato, o que acha dele?- Sebastian estica seus braços para próximo de Ciel para que ele pudesse ver o gato mais de perto. 
O gato tinha olhos enigmáticos e que fixavam nos olhos de Ciel. Os dois se olharam fixamente por uns segundos até que Ciel respondeu –Não me importo com isto, eu nunca gostei tanto de gatos, você sabe- Mas isto foi apenas uma tentativa de disfarçar o mal estar que sentira ao olhar o gato. 
Sebastian sorriu e seguiu dizendo – Vejo que você fez um contrato, não? Como se sente agora que se pode dizer que você é um demônio de verdade?- 
Ciel apenas respondeu secamente - No fundo eu sempre fui um demônio, abracei o ódio e abandonei os sentimentos há muito tempo- Ciel olhava para Sebastian, mas era como se seus olhos olhassem o vazio, o distante.
 - Um demônio com sentimentos? Com desejos? Você é realmente interessante jovem mestre- Sebastian mais uma vez coloca em prática sua arte de ser sarcástico e cutucar seu mestre sempre que possível. 
-Cale a boca Sebastian, é uma ordem. Retire o que você disse, entendeu?- O sangue subiu pelo corpo de Ciel que esbravejou para que Sebastian retirasse o que disse. 
Como sempre ele apenas sorriu e não deu atenção para o ataque de fúria do seu mestre.
Ciel o olhava com fúria e rangia os dentes, mas Sebastian o olhava sorrindo e sem preocupações. 
-Miau- O gato em seu colo miou e cortou o clímax entre os dois. – Bocchan... Acho que vou ter que deixa-lo, o gato está com fome... Vou ter que alimentar o pobre gatinho – Disse Sebastian com um sorriso fraterno na face. 
-Sebastian, está com dó deste gato? Que demônio mais estranho. 
Sebastian apenas sorriu e fez uma leve reverencia a Ciel, deixando-o sozinho do lado de fora no sereno e no vento. 
Quando Ciel fechava os olhos ele podia ouvir a voz de Sebastian e ver seu sorriso irônico. As palavras dele repetiam em sua cabeça “Um demônio com sentimentos? Com desejos? Você é realmente interessante jovem mestre”.
-Sebastian, seu maldito, porque tem que dizer essas coisas?- Murmura Ciel consigo mesmo. 
Na manhã seguinte Ciel já estava servir sua nova mestra. Estava se esforçando para fazer todo o trabalho, de comida a vestimenta, mas faltava muito para ele chegar aos pés de Sebastian, afinal aquele era seu PRIMEIRO contrato na sua vida de demônio. 
Estavam todos na extensa e farta mesa no café da manhã. Na ponta estava o nobre com Sebastian em pé ao lado, perfeitamente alinhado enquanto o velho degustava a comida. 
Na outra cadeira um pouco distante estava Myra e Ciel estava ao seu lado também, tentando copiar a postura de Sebastian. Ele ficava com seu olho entreaberto e observava como Sebastian permanecia de pé e tentava copiar sua postura exatamente igual. 
-Essa merda está horrível, parece lavam para os porcos- Gritou Myra ao colocar um pouco na comida na boca. 
 Nessa hora Ciel que estava com os olhos fechados se apavorou e os arregalou, mas só deu tempo de ver o prato de comida voando em sua direção e ela gritando –Faça outra comida, ande, faça- 
O velho conde não entendia porque ela estava comandando Ciel, mas para ele não interessava, era melhor que sua filha ficasse com Ciel, assim o garoto não iria lhe infortunar mais. 
 Humildemente Ciel se abaixou, pegou o prato, limpou os restos de comida e disse - Yes Lady Myra... Irei fazer outra comida- e nessa hora ele se lembra do trato que dera a Sebastian á muito tempo atrás. Tivera que engolir seu orgulho e seguir em frente
Depois daquele café da manhã um tanto quanto perturbador, Ciel e Myra saíram para caminhar pelas ruas e pegar um pouco de ar fresco, mesmo contra a vontade de seu pai que preferia que ela estivesse na guarda de Sebastian. 
-Meu pai é insuportável- Diz Myra à Ciel enquanto caminha pelas ruas e observa o movimento das pessoas. 
-Ele só se preocupa com a senhora- Responde Ciel em um tom baixo e calmo, como nunca tivera feito antes. 
-Ah, tudo conversa, meu pai é um tremendo pé no saco, mas o que eu posso fazer? Acho que este é o meu preço – Nessa hora uma fagulha de curiosidade fez gerar uma explosão de pensamentos em Ciel. Agora ele tinha acabado de perceber que não conhecera a família para qual trabalhava, nunca tivera interesse em perguntar os detalhes do contrato que o pai dela tivera com Sebastian. Talvez fosse hora de tomar uma providencia a respeito. 
-Vamos parar aqui- Disse Myra em frente a uma loja de perfumes. Ciel não podia crer que teria que entrar numa loja de perfumes. 
Myra entrou na frente e meio a contragosto Ciel seguiu atrás dela e enquanto ela tratava de experimentar e buscar o aroma perfeito Ciel permanecia apático a tudo aquilo. Era realmente deprimente toda aquela situação. Aquela foi o dia e à tarde de Ciel e sua mestra. Ela parecia não estar preocupada com sua vingança, isso o deixava nervoso, ele queria acabar logo com isto para poder se alimentar, mas ela parecia querer aproveitar mais o tempo do que se focar na vingança pela qual tinha feito o contrato. Naquele dia ela estava radiante fazendo compras, não havia tocado no assunto e havia mudado completamente o semblante de ontem à noite. Será que ela pensará que tudo não foi um mero sonho? A marca em seu olho a impediria de pensar assim, de achar que tudo foi um sonho. 
Ela tinha vários perfumes em seu poder, o cheiro estava grudado nas roupas de Ciel e ele não se agradava com o cheiro. Na verdade ele não se agradava com a situação humilhante que um outrora conde estava passando. 
-Finalmente eu pude sair... – Myra diz isto com um alivio no peito e um ar de felicidade, como se ela não saísse de casa há muito tempo.
Ciel vendo a felicidade de Myra acaba por perguntar – Lady Myra não costumava sair?- Nessa hora sua expressão de alegria vira pesar e tristeza e ela fica um tempo em silêncio. 
O sol estava sumindo e Ciel teria que levar Myra para casa, como prometido para seu pai... Ele teria que levar ela para casa antes do anoitecer, mas ela parecia não querer voltar tão cedo. 
Ela ignorou a pergunta de Ciel e voltou a sorrir ao olhar o por do sol no horizonte enquanto caminhava pelas calçadas já quase vazias. 
-Que dia lindo, não é?- Pergunta ela a Ciel. 
Ciel sem muito que fazer apenas concorda, mas antes que ele pudesse dar conta de algo e retomar sua pergunta ele é surpreendido por uma súbita corrida de Myra sem destino aparente. Ela corria e sorria enquanto Ciel a seguia o mais rápido possível   
-Espere Lady Myra, espere. – Grita Ciel, mas ela era muito rápida para seu tamanho, dobrou a esquina e quando Ciel deu por conta ele já havia perdido a menina de vista. 
E agora? O que fazer? Porque ela tomou uma atitude daquela? Ele olhava para um lado e para o outro, mas não achava ela, como ela pudera ter sumido assim? 
Um tempo passou e um misto de raiva com frustração tomou conta de Ciel.
-Pense, pense, como você vai encontrar essa menina?- Se questiona Ciel

Nessa hora ele sentiu seu corpo tremer e mão que estava gravado o contrato começou a arder, arder como brasa. Seu corpo tremia e ele podia ouvir a voz clara de Myra dentro de sua cabeça. Quando deu por conta do que estava acontecendo ele já está de pé na frente de  cinco caras  de grande porte físico a sua frente. Ele não entendia aquilo muito bem,  mas quando ele olhou para trás por um segundo ele pode ver Myra no chão assustada com seu olho onde estava marcado o contrato brilhando fortemente.
Ele deduziu que ela havia chamado ele através do contrato e que ele tivera chegado ali tão rápido graças a isso. 

-De onde você apareceu?- Questiona um deles 
-Não importa, mata assim mesmo- Diz o outro. 
Nessa hora todos foram para cima do pequeno Ciel que parecia frágil perante aqueles brutamontes, mas Ciel por incrível que pareça agiu como se fosse um perito em artes marciais. Nenhum dos homens podia tocá-lo, ele era capaz de se desviar de todos os golpes e revidar de uma forma que era sobre humana. Era como se fosse automático, era como se todos se movessem como tartarugas perto de seus olhos. Seria este seu poder demônio? 
No fim estavam todos caídos no chão se contorcendo em dor e gemendo. 
-Bem, eu acho que vocês aprenderam a lição, não é? Pergunta Ciel com imponência.
-Esse deve ser o guarda costas dela, mas ele mais parece um moleque com cara de menina, como ele pode ter todo esse poder?- Questiona um dos capangas 
Nessa hora toda a imponência de Ciel cai por terra e suas bochechas ficam vermelhas de raiva e ele esbraveja - Quem tem cara de menina aqui? Hein? HEIN?
Ciel mal terminou de pronunciar sua frase direito já foi alvejado por vários tiros disparados das armas de todos os homens ali presentes. Myra que estava logo atrás dele ficou chocada com aquilo, ela mal podia piscar tamanho o choque do que acabara de ver. 
Ciel recebe o impacto das balas, dá um passo para trás, mas não cai. Ele permanece de pé, mas suas roupas estavam em frangalhos. Ele olha para seu corpo e vê as balas encravadas em seu peito, em suas pernas e até na sua testa. Estava tudo em carne viva, mas ele não sentia dor, não sentia nada. 
-Então é assim que o Sebastian se sentiu... – Indaga Ciel a si mesmo relembrando a cena que Sebastian é atingido por vários tiros na tentativa de salvá-lo. 
-Parece que a história se repete- Prossegue ele em pensamento. 
Nessa hora ele dá um leve sorriso e antes que pudesse ter uma reação os bandidos acabam por fugir desesperados. 
-Quem é você? Um demônio? O diabo?- Gritavam eles. 
Ciel calmamente responde com um sorriso irônico na fase "Eu sou só um simples mordomo demônio" (Watashi wa akuma de shitsuji desu kara).
Quando ele se vira para Myra ele pode ver o estado deplorável que ela estava, assustada, com seus olhos arregalados e completamente descabelada. 
-Lady Myra, a senhora está bem? Por valor, deixe-me ajuda-la a se levantar- Diz Ciel estendendo a mão com um largo sorriso no rosto. 
-Ciel está sorrindo? Não é comum o ver dar um sorriso desses... Espontâneo e desprovido de ironia- Se questiona Myra enquanto olha para Ciel sorridente com o braço estendido. 
 Ao se levantar ainda com a ajuda de Ciel ela fica surpresa com a atitude e com o poder que ele possuía. Ele era realmente incrível. 
-Vamos para casa Lady Myra?- Pergunta Ciel ainda com um ar plácido e tranquilo. 
-Sim, vamos, é melhor. – Responde ela dando as costas para Ciel e seguindo na frente. 
Nesta Fração de tempo o semblante de Ciel se transforma de algo calmo e plácido para uma feição demoníaca e em um gesto peculiar ele passa a língua nos lábios com um sorriso perverso no rosto e olhos vermelhos. 
-Minha saborosa alma... Só minha... – Diz Ciel a si mesmo. 
 Longe dali, gritos ecoavam numa mansão tão bonita quanto a de Myra. Gritos de dor e desespero. 
Dentro de um enorme salão de jantar, absolutamente só na longa mesa havia um homem cujo rosto não era possível se ver, mas sua voz era calma e tranquila ao dizer “Ciel Phantomhive e Sebastian Michaelis, acho que esse jogo será divertido”

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Kuroshitsuji III



 Kuroshitsuji III 3 O contrato

Ciel caminhou até Myra que estava de pé bem na sua frente e completamente nua, quanto mais ele chegava perto, mais ele sentia uma sensação estranha dentro de si, era como se ele tivesse se tornado um mero mortal novamente. Esse desejo pelo corpo dela era realmente diferente de tudo que ele tinha sentido nesses anos de demônio e talvez diferente até mesmo da sua infância/pré-adolescência.
Ele chegou bem próximo a ela e ficou completamente sem reação até que ela teve que ordenar de novo – Anda pega essa calcinha e me veste- ela apontou para as vestes em cima da grande cama e Ciel as apanhou lentamente para vesti-la. 
Colocou-lhe a as roupas intimas com todo cuidado para que ela não percebesse que seu corpo estava pulsando excitação, mas era quase que impossível, a pelo dela era macia como veludo, ela exalava um perfume delicioso e ao mesmo tempo sedutor, talvez isso fosse à tentativa dela seduzir seu mordomo Sebastian, mas ela estava seduzindo a Ciel. 
Ele já havia colocado a roupa intima inferior nela, agora faltava à meia calça e o vestido, aquilo para ele era realmente uma prova de fogo. 
Ao colocar suas longas meias calças ele pode sentir a delicadeza de suas pernas, era algo fora do comum, era tudo muito sedutor, mas o que ele queria era poder acabar logo com isso antes que ela pudesse notar. 
Mas enquanto ele estava colocando suas meias ela pergunta em tom de descrença
-Papai diz que seu amigo mordomo é um demônio que faz tudo que ele ordena. 
Nessa hora Ciel congelou, ele não sabia o que responder então decidiu apenas ignorar a pergunta dela e continuou seu trabalho. 
-Ei- insistiu ela – eu estou falando com você, eu ordeno que me responda-.
Ciel continuava de cabeça baixa e a contra gosto respondia
-Sim, Sebastian é um demônio e ele pode realizar as mais complexas tarefas, mas isto tem um preço... 
Um breve silêncio tomou conta do quarto até que a curiosidade da garota falou mais alto e ela perguntou sem pensar duas vezes
-Qual preço?
 Ciel fez uma pequena pausa e logo em seguida respondeu – A sua alma... – 
Outro silêncio tomou conta do quarto e ela ficou paralisada com a resposta, mas ao mesmo tempo com uma curiosidade profunda. 
-Como assim a minha alma... – questiona ela a Ciel. 
-Sebastian é um demônio, um mordomo demônio que é capaz de executar qualquer tarefa que seu mestre ordenar. Para você ser o mestre dele é preciso realizar um contrato e neste contrato o preço é a sua alma. 
- Você é como Sebastian?- A dúvida estava crescente dentro dela, mas ela ainda relutava em acreditar que tudo aquilo fosse verdade. Se tudo isso fosse verdade o pai dela havia vendido sua alma ao demônio através de um contrato e Sebastian. 
Ciel apenas levantou a cabeça e olhou para ela com os olhos avermelhados de demônio. A alma dela foi rasgada profundamente com aquele olhar, era como se ela sentisse um calafrio profundo, um medo terrível. Agora ela estaria de frente para um demônio, um demônio de verdade. 
Ele ainda estava ajeitando as meias nas pernas dela e preparando-se para poder colocar-lhe o vestido, mas num gesto inesperado ela deu-lhe um chute que o jogou a uns metros de distância. 
Ciel ficou surpreso com aquela reação, seus olhos se arregalaram e ela sentiu um profundo medo daqueles terríveis olhos. 
-Porque fez isso Lady Myra?- questiona Ciel tentando se levantar. 
Ela permaneceu em silêncio por um tempo e depois ordenou em voz baixa e tremula – saia do meu quarto- 
Ciel ainda sem entender permanece caído ali no chão com aqueles olhos vermelhos e ela dá um enorme berro -SAÍA DO MEU QUARTO!-  Ciel apenas obedeceu a suas ordens e se retirou, mas do lado de fora ele esboçou um sorriso iguais aos de Sebastian, demoníaco e no chão' ficou sua áurea negra mesclada com sua sombra. 
Myra estava no seu quarto abraçando a si mesma como se tentasse se proteger, o medo inundara sua mente e a todo o momento aqueles olhos viam a sua cabeça. 
-Demônio... Demônio... – repetia ela em voz baixa e tremula. 
A outrora arrogante e soberba garota agora estava completamente fragilizada e aterrorizada, sabia que esta cercada de demônios por todos os lados, aquilo era terrivelmente assustador. 
Naquela noite ela não conseguiria dormir em paz, as palavras de Ciel estavam martelando em sua cabeça “um mordomo demônio que é capaz de executar qualquer tarefa que seu mestre ordenar. Para você ser o mestre dele é preciso realizar um contrato e neste contrato o preço é a sua alma.“ Essa frase martelava em sua cabeça, pois por mais assustador que isso possa parecer, agora ela teria a chance de conseguir o que sempre quis. Memórias confusas viam a sua mente, ela se lembrava de mãos pelo seu corpo, vozes, um cheiro de álcool, tudo isso era terrível de mais, essas memórias, esses pensamentos.
Ela se viu no meio do nada, do breu profundo e perpétuo onde apenas uma voz a guiava “Eu sinto a maldade dentro de você, a angustia, a humilhação e a dor, assim como seu pai, todos estão presos a um ciclo de ódio maciço que não pode ser quebrado, mas eu posso ajudar a acabar com a sua dor”.
-Quem é você- grita ela no meio do nada. 
- Eu sou o impuro, o mal, o astuto, perversidade massiva. 
-Apareça... Ordena ela berrando no meio do escuro. 
-Eu sei o que há no seu coração, a sua alma, eu consigo ver.
-É a minha alma que você quer? Esse é o preço?
Nessa hora ela sentiu como se alguém colocasse a mão no seu ombro e um arrepio na espinha, uma sensação te vazio por dentro, era terrível. 
-Não haverá volta, a decisão tomada aqui e o contrato firmado não poderá ser quebrado. Sua alma estará destinada a ser minha no fim de tudo e eu estarei destinado a ser seu escravo até poder devorara-la. 
Essa frase fez com que todo o corpo dela tremesse de medo, mas ela não podia ficar com medo, a decisão estava em suas mãos.
-Sinto medo no seu coração, sinto insegurança, talvez eu deva voltar só quando você tiver certeza do que você quer. 
-Não!- Esbravejou ela no meio da escuridão em tom de ordem. 
-Eu sei o que eu quero, eu quero a morte, eu quero o poder, eu quero o sangue, não há porque pensar, não há porque voltar atrás. 
-Sim Lady Myra- Nessa hora ela reconheceu essa frase, mas antes que pudesse dizer algo ela foi consumida por uma enorme luz e depois no meio do breu ouve um brilho e uma sombra caminhou em sua direção. 
-Lady Myra, agora eu serei seu fiel escravo e mordomo. –
A sombra fez uma reverencia perante ela e agora eles estavam unidos através de um contrato. 
De repente Myra acorda ofegante no meio da noite com seu coração acelerado e uma sensação de desespero dentro de si. 
Seria tudo um sonho? Seria um sonho o tal contrato com o demônio?
Ainda muito atordoada ela saiu de seu quarto de camisola, desceu as escadas correndo e foi até o banheiro, lá ela pode olhar no espelho para ver se havia acontecido algo de diferente na sua face, eis então que ao tirar a franja do olho esquerdo ela se depara com uma coisa que lhe deixa chocada. A pálpebra do seu olho agora era negra e tinha uma estrela de sete pontas no meio. Ela estava dentro de um circulo e com um contorno avermelhado. 
A marca no seu olho era muito semelhante à de Ciel, a não ser pelo maior numero de pontas na estrela presente no olho dela e pela cor. 
Ao ver essa coisa no seu olho ela se apavorou e lágrimas escorreram pelo olho direito, era aterrorizante, isso mostrara que aquilo não foi um sonho, mas uma realidade, agora ela teria assinado o contrato com uma criatura das trevas. 
-Lady Myra- disse uma voz atrás dela e nessa hora ela se virou em pânico e para sua surpresa quem estava atrás dela era Ciel. 
Ela achou estranho Ciel estar ali àquela hora, mas acho mais estranho ainda suas roupas, elas se pareciam com as roupas de um mordomo, agora ele tinha luvas negras e as roupas iguais as do Sebastian. Ele estava olhando para ela fixamente, de pé ali na sua frente, mas sem esboçar nem um sorriso ou reação. 
-O que você faz aqui Ciel- Perguntou ela ainda com as lágrimas escorrendo pelo olho direito. 
-Seus olhos... – Ciel olhou para o olho dela e se identificou com o que vira a marca semelhante a que tinha em seu olho sempre tapado por um tampão. 
Ciel notou que ela não percebera que acabara de fazer um pacto com ele, mas ao mesmo tempo ele se sentia diferente, conseguira realizar seu primeiro acordo, finalmente teria sua alma para devorar. 
Mesmo que ele sentisse uma enorme atração física por ela, seu desejo de demônio falou mais alto e ele teve que se aproveitar da fraqueza dela para satisfazer seu desejo obseno. 
-O que tem meus olhos, não diga bobagens- Myra tentava desviar o assunto, mas Ciel continuava olhando para ela sem piscar. 
-Lady Myra, estamos ligados agora até o fim da sua jornada. - Ciel retirou sua luva negra e mostrou a ela a marca na sua mão direita, era a mesma marca que ela tinha no seu olho esquerdo. 
-Lady Myra, eu estou aqui para servi-la e ser fiel à senhora até o fim para que eu possa depois poder devorar sua saborosa alma- Nessa hora Ciel se curvou perante ela e se sentira como Sebastian. De mestre a escravo. A vida era realmente surpreendente.
Ela não podia acreditar no que acabara de ouvir, agora aquele que ela sempre tratara mal era seu mordomo fiel, seu escravo leal, mas no fim ele iria devorar sua alma e ela deixaria de existir. 


sábado, 6 de outubro de 2012

Fanfic: Kuroshitsuji III


Kuroshitsuji III  2 Um desejo pulsante

Naquela manhã ensolarada, Ciel servia o velho nobre como todos os dias, mas seu objetivo não era esse, ele queria de fato servir á sua filha, mas ela conseguia ser uma pessoa mais ultrajante do que seu pai. Nada que ele fizera estava bom, só o que Sebastian fizera era o perfeito, era o correto. Ele nunca tinha sentido isso em todos aqueles anos. Era algo realmente novo para ele, mas o que seria aquilo? Logo com ele que nunca se ligara a sentimentos? Mesmo depois de se tornar um demônio? Era algo completamente diferente de tudo que ele já tivera sentido, mas ao mesmo tempo era revoltante, era algo que fugia do controle dele. 
Sebastian não era tolo, logo percebeu que algo estava errado com seu mestre, então ele precipitou-se, a saber, o que estava acontecendo. 
Os dois se cruzaram no enorme corredor onde ficavam os quartos e ambos se olharam, ambos com os olhos de demônio.
Sebastian sabia que aquela não era a hora para perguntar o que estava acontecendo e que Ciel logo o chamaria para conversar, então seguiu fazendo suas tarefas enquanto Ciel vagueava pela casa. 
Como ele não havia feito nenhum contrato em sua vida de demônio, ele não teria a obrigação de seguir as ordens do nobre ou de sua filha, ele era apenas o “ajudante” de Sebastian, logo estava subordinado apenas a ele, o que era bem estranho tendo em vista que Sebastian era na verdade seu fiel e eterno escravo. 
Um pouco distante da enorme mansão, ainda dentro das propriedades do velho nobre, havia uma área de grande verde com enormes árvores e animais exóticos, era algo muito bonito e calmo. Se você caminhasse até o fundo no meio dessas árvores poderia notar um riacho de água cristalina que atravessava essa paisagem verde. Ciel sabia disso, então tratou de sumir para poder ficar um tempo isolado naquela paisagem verde. Ele não era mais o Ciel de antes, memórias vinha a sua cabeça da época em que ele enfrentou Ângela na biblioteca dos Shinigamis. Ele recusou a ilusão proposta por ela para que ele tivesse memórias doces e amáveis e largasse sua vingança. Aquele Ciel não existia mais, isso não podia ser possível, ele não queria aceitar isso, mas agora ele não era conde, era uma existência vazia que teria que viver para o resto da eternidade daquele jeito. 
Ele estava sentado no chão cheio de barro úmido e com folhas caídas, cercado por arvores e de frente para o pequeno riacho com as águas calmas e claras. 
-O que esta acontecendo comigo?- Se questionava. Seu rosto estava refletivo na calma água do riacho, mas ele sentia que aquele não era ele de verdade.
-Bocchan- Sebastian apareceu atrás de Ciel, sempre alinhado e com suas roupas escuras e sua voz aveludada, mas Ciel não havia chamado Sebastian, logo ele teria feito isso de livre e espontânea vontade. 
-Sebastian, o que faz aqui?- Ciel se vira enfurecido, mesmo com a situação em que estava Sebastian ainda era seu mordomo, como ousaria segui-lo sem que ele tivesse ordenado?
Quando Ciel o olha frente a frente ele percebe que seu mordomo estava sorrindo, uma expressão de felicidade em seu rosto talvez, ele nunca tinha visto isso antes. 
-O jovem mestre realmente está diferente de antes- Sebastian mais uma vez voltou a dizer sobre a diferença de Ciel, mas dessa vez sem ironia ou sarcasmo, ele continuava a sorrir o que deixava Ciel mais enfurecido. 
-O que está falando? Não diga bobagens, eu continuo o mesmo- Ciel esbravejava isso aos quatro cantos talvez para se convencer do mesmo. 
-Bocchan... – Sebastian continuava com um sorriso no rosto e isto deixava Ciel enfurecido. 
-Eu ordeno que pare de rir, está me ouvindo Sebastian Michaelis?- Ordenou Ciel rangendo os dentes. 
-Yes, My Lord- Obedeceu Sebastian fazendo uma leve reverencia. 
- O que o Sebastian acha que está fazendo? Ele não pode tomar atitudes por conta própria- Esse pensamento veio à cabeça de Ciel enquanto ele olhava para Sebastian que tinha algo diferente em seu semblante. 
-Bocchan, você é realmente uma alma e tanto, meu tão delicioso jantar- Sebastian deixou Ciel caminhar na frente e quando ele não estava olhando seu semblante mudou para algo tenebroso, seus olhos ficaram com uma cor rosada e suas pupilas fendidas como as de uma cobra, um leve sorriso tomou conta de sua face enquanto ele observava o pequeno Ciel caminhando entre a mata.
Tempo depois, já no salão da enorme mansão, Ciel se viu ajoelhado perante aquele nobre repugnante enquanto ele esbravejava “Garoto maldito, você é inútil” e lhe jogava uma bandeja de comida com todo o rancor e desprezo. 
-Sebastian, Sebastian- gritava o velho caminhando de um lado para o outro.
-Sim, meu lorde- Sebastian surgiu ao fundo caminhando, mas não pode deixar de notar o jovem Ciel curvado perante o nobre e achou aquela cena um tanto quanto irônica e surpreendente 
-Leve esse moleque daqui, eu não quero vê-lo por um bom tempo- ordenou o nobre. 
Ciel permaneceu de joelhos e rangendo os dentes pensou consigo mesmo – Velho maldito, quem ele pensa que é? Eu sou Ciel, Ciel Phantomhive... Ele... – nessa hora ele se lembra de que já não era mais o “Cão de guarda da rainha”, mas mesmo assim o ódio o consumia, ele não aceitava passar por toda aquela humilhação. Sebastian só o servia porque Ciel permitirá, se ele quisesse poderia acabar com tudo aquilo e destruir o velho que lhe provocara aquela humilhação, mas não seria justo com Sebastian, então ele apenas respirou fundo e se levantou dizendo - Perdão meu lorde-. Fazendo uma reverencia para ele e dando as costas ele saiu de cena com o coração cheio de maldade e ódio, mas apenas Sebastian conseguiu notar sua áurea negra e revoltante. 
O velho instruiu Sebastian a ir até o centro resolver os afazeres que lhe eram necessários, logo apenas Ciel estaria responsável pela casa, mas como o velho estava enfurecido com ele, provavelmente não iria chama-lo para nada até que Sebastian retornasse. No fim Ciel estava certo, o nobre se fechou em seu quarto e não o chamou para nada, então ele teria mais tempo para pensar consigo mesmo, mas para sua surpresa ele foi chamado pela filha do nobre. 
-SEBASTIAN, SEBASTIAN- gritava a garota com uma voz aguda e irritante em seu quarto. 
Ciel entrou no quarto dela ainda muito receoso e disse –Yes My lady - fazendo uma breve reverencia a ela. Nessa hora ele se sentiu como Sebastian e veio a sua mente a imagem de seu mordomo curvado perante ele dizendo com sua voz aveludada “Yes My Lord” 
-Eu chamei o Sebastian, não você moleque atrevido- esbravejou a garota em pé no meio do quarto e completamente nua. 
Quando Ciel levantou a cabeça para poder respondê-la ele não podia acreditar no que estava vendo, ela estava completamente pelada bem na sua frente, mas porque diabos ela faria isso? 
Seu corpo tremeu e ele sentiu algo dentro de si que ele nunca havia sentido. Seria essa sensação a excitação que um homem sente por uma mulher? Sensação essa que ele nunca tivera com Elizabeth? Como seria possível? Ele era um demônio, deveria ter sido privado de todo e qualquer sentimento ou sensação humana, mas parece que não era esse o caso. 
-Em que posso ajuda-la My Lady? - Pergunta Ciel ainda sem crer no que vê
-Onde está o Sebastian?- Pergunta ela com um tom de raiva na voz e as bochechas vermelhas de frustração. 
-Ele teve que sair sob ordens de seu nobre pai, mas, por favor, permita-me ajuda-la- sugeriu Ciel completamente obediente a ela. 
-Só quem me chama de “My Lady” é o” Sebby”, para você é Lady Myra, fui clara? 
Myra era o nome dela, o verdadeiro nome dela e era o mesmo de sua falecida mãe, por isso ela tinha tanto orgulho e ostentação em pronuncia-lo.
-Claríssima lady Myra- Ciel embora estivesse falando com ela não conseguia desviar seus olhos daquele corpo, mas ele não podia deixar que ela notasse. 
Ele tentava disfarçar sua excitação desviando o olhar a todo o momento enquanto ela caminhava de um lado para o outro no quarto. 
-É sempre o Sebastian que faz isso, mas como ele não está aqui... - Suspirou a jovem e sexy filha do nobre
Nessa hora Ciel ficou em estado de alerta e seus olhos se arregalaram, o que Sebastian fazia com ela? 
-Você garotinho, me vista- Ordenou Myra.
Ciel não podia acreditar na ordem dela, era algo surreal, mas agora ele sabia quais eram as ordens de Myra para Sebastian.
-Você é surdo? Eu disse para me vestir- Myra parecia estar se enfurecendo, ao dar lhe a ordem aos berros e com extrema estupidez, mas Ciel ainda precisava assimilar todas aquelas informações.
Ele queria entender o porquê de estar se sentindo assim, pois, ele pensava que demônios não eram capazes de sentir atração sexual por qualquer outra pessoa ou demônio, vide as vezes que Sebastian tinha que seduzir uma garota ou manter relações com ela ele acabava dizendo “Não importa em que lugar isso seja feito, isso fede”. 

Pelo visto o jovem Ciel ainda precisava descobrir muitas coisas sobre os demônios e o mundo que os cerca. 


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